O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
terça-feira, 10 de novembro de 2009
"O Homem Que Virou Suco"
...O fato é que o verde de seu sangue é mui vermelho e ninguém lhe toma à Maldição do Escaravelho...
...E se fosse pra tolerar algum dândi, preferiria o Dorian Gray – tinha a mesma vaidade, só que menos diletante e com mais conteúdo...
“O Homem Que Virou Suco”
A gomalina no cabelo desse ator,
Engrossa o pouco de moral que ele sustenta.
Mas sua capa intoxicada de placenta
Sugere um feto mal nutrido no sabor.
Dolce Playboy, que nem à morte chora a mãe,
Entende, ele, de mocismo como entende
Daqueles traços do pó branco que o transcende
No vaga-lume que luziu a fugir dos cães.
Perdeu a chance de ser ímpar em sua causa,
Porque não esconde seus desejos de apedeuta:
Dinheiro fácil, pai, irmão e andropausa...
E na simbiose de suas lágrimas tranqüilas,
O metamorfo se desdobra de Hermeneuta
A ser só um suco natural de clorofila.
(F.N.A)
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