O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
"A Bagaceira"
...No bagaço se encontram fibras para a correta harmonia das tripas...
“A Bagaceira”
Em gomos, recortado a serra fita
E durante oito anos bem chupado
Pela boca desdentada de um safado,
Descobri minha função de sibarita.
Espremer o sumo espesso do meu sangue,
No banco vitamínico do estado
Falido de um quinhão de deserdados
Sedentos por laranja em sua gangue.
Na vitamina C do pouco furto,
Laranja, que é da terra, é curandeira
Apenas de arruinado com escorbuto.
Eu muito fui espremido no cansaço
E, hoje, o que ficou pela peneira
Dessa laranja é meu pior bagaço.
(F.N.A)
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