O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
"Voto de Pobreza"
...Não desejo a ninguém o que será lido, mas o mundo é uma surpresa... Dá cada volta!!
“Voto de Pobreza”
Quando minha filha, enfim, nasceu fiz a promessa
De que em vida não teria o sofrimento
De em sua mesa lhe faltar qualquer sustento
E viveria sua infância sem ter pressa.
Hoje, dez anos completados, vem a vida
Pra torturar minha palavra empenhada -
Um pai suporta em sua barriga não ter nada,
Mas não suporta ver os filhos sem comida.
Sinto a vontade de cortar a própria carne,
Que me ofertar ao panteão de meretrizes
Que em meu pescoço penduraram falso alarme.
Matai-me todos os que tomaram-me a empecilho,
Mas não se assustem com mundo, meus juízes –
Ele dá voltas e também tendes lindos filhos.
(F.N.A)
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