O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
"A União das Cracas"
...Não esperei crianças e mulheres por primeiro. Pulei da prancha...
“A União das Cracas”
Quem não conhece a força dos moluscos,
Precisa dar uma volta num estaleiro
E observar a limpeza de um cruzeiro,
De um prejuízo arcado de alto custo.
A craca é a invenção da natureza,
Que alerta do almirante ao marujo,
Que até em espaço inóspito e bem sujo,
O homem não está livre da proeza
De bichos como estes que, unidos,
Corroem, em sua colônia, um calado
Com dentes de furar aço fundido.
Conheço um barco cheio de avarias
Das cracas que carrega a todo lado.
Pois vai afundar, de novo, qualquer dia.
(F.N.A)
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