O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
"Dica de Leiloeiro"
...Terra Arrasada, celeiro às moscas, fazendeiro maluco, reses com fome... E que fome!
“Dica de Leiloeiro”
Se a personalidade do cercado
For muito, muito safa, não se arrisca
Na compra de uma roça a atacado –
Fechada de porteira e sem avalista.
A sede da fazenda está passiva,
O gado já fugiu pro pasto alheio,
O mato se alastrou e o Incra veio
Taxá-la a devoluta e improdutiva.
Na cerca não tem cal, não tem demão;
Os trinta mil alqueires encolheram
Num lote que mal cabe o boi capão.
Melhor esperar comprar noutra contenda.
No baque do martelo, já escolheram
A data, a ordem, o lote, a firma e a venda.
(F.N.A)
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