O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
"Anjo da Guarda"
...Se eu pudesse não dormir, seria bom. Mas alguém precisa conversar com aqueles que nos procuram...
“Anjo da Guarda”
Mais uma vez, uma noite mal dormida.
Com todos os fantasmas do passado
Rangendo meus segredos enterrados
Ao pé da minha orelha corroída.
A cama se encharca. Eu suo muito
E o ácido à boca vem em refluxo.
Desperto – faraó no hangar de Luxor –
Com almas que pousaram no intuito
De atar suas mãos às minhas mãos finadas
E andar cumprimentando antepassados,
Que eu escondi no vão da velha escada.
Bem mais eu corra a léguas do passado,
Na hora de dormir, almas cansadas
Me esperam pra sonhar junto ao meu lado.
(F.N.A)
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