O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
"Cabelo de Boneca"
...A Vaidade é um troço que nos faz persistir na arte da conquista - seja amorosa, seja por votos!
“Cabelo de Boneca”
Chegar à meia idade é uma vitoria
E chegar com tudo em cima, sem Viagra,
É quase um conto nórdico que a glória
Aos deuses do vigor reza e consagra.
Mas, quando o dissabor vira protótipo,
Não é qualquer narciso que acomoda
Ao vírus da velhice, enquanto a moda
Vomita o esplendor do bom fenótipo.
Um rico, cujo espírito bem pobre,
Tentou conter o avanço da careca
Com gastos que seu plano nunca cobre,
Ficou com um casco ruim de olhar no espelho –
O enxerto feito a pêlo de prexeca
Deu cara de pentelho a seu cabelo.
(F.N.A)
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