O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
"Água & Vinho"
...Gismonti já observara meu sinistro passeio antes de eu ter havido carne...
http://www.youtube.com/watch?v=AYoEddbvBxI
"Água & Vinho"
No pátio virgem ao cimo da floresta
Suspensa que meus sonhos são morada
Eu passo a descobrir em que escada
De mármore manchado esconde a aresta
Que liga o meu olhar a outro embargo,
Casa, elo, liame, transubstânciação
Que o pão amargo que parti à mão
Avinagrou na taça o sangue amargo.
Sigo escondido entre hiléias eternas,
E no dormente lobo, em sua boca larga,
Por caça alheia às suas presas ternas;
Vivo e não busco mais qualquer saída
Que salgue a crença em minha ceia amarga
Na água turva que eu bebi na vida.
(F.N.A)
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