O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
"A Coragem da Hiena"
...Não nutro raiva de ninguém que seja mau. Pena, decerto...
"A Coragem da Hiena"
Cabe à luz da ignorância o ato falho,
A aleivosia, a irrestrita maledicência;
Cabe a ausência de amor ante a ciência
De escrever, de ser consciente - não atalho
Do que alguém pensa ou repensa sobre o mundo -
Eu mesmo faço dos conceitos que acredito
A mansidão dos meus terrores mais benditos,
Como Drummond já fez citar algum Raimundo.
Por isso, eu ando, sem temer alguma ordem
Sem me esconder ou me anular como uma fera
Que se assusta mesmo em bando - uma hiena.
Cheira quebranto estas flores que me mordem,
Mas infeliz, como é o fim da primavera,
É a ilusão de machucar e sentir pena.
(F.N.A)
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