O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
sábado, 14 de janeiro de 2012
"Amigo da Onça"
Sou um míssil direcionado: meu rastro de vôo é visível, mas neste ponto sou vaidoso - não me cerco de “amigos” que ao raiar dos primeiros erros do mundo nada mais fazem que associá-los indubitavelmente ao meu caráter e aos meus valores.
De amigo assim, que seja capaz de me associar a coisas ruins, eu passo longe – o DM que afaga é o mesmo que apedreja.
“Amigo da Onça”
Se eu tivesse um “cupincha” de caráter fraco,
Que as piores qualidades e os gestos obscenos
Associa logo a meus atos e eles aos venenos,
Trocaria de “amigo”, pois é mau puxa-saco.
Bajulador que viceja a um deus de estação
A inveja que nutre em seu olhar de penhora
É o mesmo que ora e, quando muito, chora
Em um novo oratório ao passar um verão.
Quando um rei forma a corte e apieda ensebados
(Uma estirpe que aplaude conforme a coroa
Esteja justa e assentada em seu côco aprumado)
Deve estar preparado, pois ao primeiro erro
Serão os tais a amolar aquela faca “boa”
Que degola, vitima e garante o enterro.
(F.N.A)
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