O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
"A Cereja da Latrina"
...Banalização total + Bestialização fundamental + Burrice coletiva...
...Não bastasse a imundície a que se dão homens e mulheres por dinheiro, se aumentar um pouco o prêmio, matar alguém pelo cascalho será ficha...
"A Cereja da Latrina"
Vem longe, das cavernas a maçada
Que o crânio das primatas repartia;
E o homem primitivo, então, dormia
Pulando, meio ao sangue, na rachada.
Na época da corte, se era aceito
Que a noite da mulher, sendo a primeira,
A farra em sua suíte verdadeira
Ao rei fosse cabal por vil direito.
Agora, é tão comum sentar a pua
Nas costas da mulher, por grosseria,
Que a história primitiva continua
E com ela a violência como indício,
Não importa se na cama a putaria
Ou numa casa imunda dada a hospício.
(F.N.A)
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