O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
"Sol"
...Luz da inspiração vindoura que limpa e renova em seus braços de fogo e em seu ardor o anima do espírito e o corpo sem quebranto...
"Sol"
Quando as faixas de luz descem o azul bramindo
Na auréola que o Sol despe-se em agosto,
Sinto o inferno queimar meu próprio rosto
Neste chão onde o fogo anoitece sorrindo.
Eu que sangro da noite o seu halo partindo
Num aceno, uma chama esvaecendo o posto
Que a sentinela estrela beijará o exposto
Desejo dos anjos quando voam fugindo.
Essa chama rude que tantos miolos assa
E que as formas mínimas de astros e insetos
Tece o manto de ardor que acolhe e abraça,
Esse cálido archote que nunca refrigera
Faz da noite que bebo o temor circunspecto
Se assustar a fugir de minha própria fera.
(F.N.A)
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