O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
"Lua"
...Não resta um aqui que não se admoeste da fúria intensa...
...Quando iro, escrevo calmo sob o dormonid da minha ânsia e me frusto sem sangue algum...
"Lua"
Eu mato a todos que, enfim, não gosto
Em turbilhão de facas e apetrechos -
Socos, pontadas, pontiagudas, queixos
De burro a estilhaçar algum desgosto.
Mato distante por intermédio de ondas
Ou em descargas de concentração;
Faço esconjuros - por não dizer, ração
Dos corpos mistos em alguma ronda.
Não fui a Paris, como não foi Carvalho,
Porque essa Lua Quando vem da Ásia
Não me transforma em algum espantalho;
Ela só infecta os meus desejos finos
De assombrar-me uivando pela casa
O lobo exato em que me assassino.
(F.N.A)
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