segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

"Lua"




...Não resta um aqui que não se admoeste da fúria intensa...

...Quando iro, escrevo calmo sob o dormonid da minha ânsia e me frusto sem sangue algum...




"Lua"


Eu mato a todos que, enfim, não gosto
Em turbilhão de facas e apetrechos -
Socos, pontadas, pontiagudas, queixos
De burro a estilhaçar algum desgosto.

Mato distante por intermédio de ondas
Ou em descargas de concentração;
Faço esconjuros - por não dizer, ração
Dos corpos mistos em alguma ronda.

Não fui a Paris, como não foi Carvalho,
Porque essa Lua Quando vem da Ásia
Não me transforma em algum espantalho;

Ela só infecta os meus desejos finos
De assombrar-me uivando pela casa
O lobo exato em que me assassino.


(F.N.A)

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