O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
"Plano Z"
...Um reino profundo que afunda célere rumo à fossa abissal do esquecimento...
...Enquanto cai Atlântida, o rei cochila; o enfant-terrible rege; os aldeões padecem e os inimigos banqueteiam...
"Plano Z"
Um olho só não lhe é capaz visão marinha;
E mesmo assim, vesgo e cegueta, vai andando
O senhorio do oceano (a nau encerando
A vastidão dos cargos bons que ele apadrinha).
Mas, e seria um fator X (ou coisa minha?),
Pois essa farra de cabeças está esquentando -
O que educa, logo, então, sairá mancando;
Já o QUE governa, na real, é uma tainha.
Tainha dessas gordurosas que empapa
Boca de bagre com coleira de mascote
E uns trinta quilos de ração nutrida a tapa.
E o Rei Netuno, deslocado corpo inteiro,
Não sente a penca de traíras no cangote,
Mas finge raiva quando pedem mais dinheiro.
(F.N.A)
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