O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
"A Cabana do Pai Tomás"
...Meu caro amigo de pitar cigarro em época de vacas magras, como mudastes...
...Mas, como diz o ditado, "quem pariu seu Mateus, que o embale"...
“A Cabana do Pai Tomás”
Na praça em que Saddam fez seu castelo
- O centro espectógrafo da serra –
O banzo dos escribas se descerra
Num choro de saudade do marmelo.
Ninguém aluga mais máquina velha
Às custas de tutu do cofre público.
Por isso é que há saudade a metro cúbico
Bramindo às escondidas em Marselha.
Algum poeta disse à longa idade:
“Saudade é como rastro de veneno –
Perfuma-se na morte à eternidade!”
Por lá, eu não aguentaria uma semana
Os filhos da Febem me dando aceno
Pra me esfolar o couro na cabana.
(F.N.A)
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