O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
"O Dote"
...Jornalista é bicho sem dinheiro. Se encontrares um que parece ter, desconfie: ou ele finge ou faz parte da máfia...
“O Dote”
Status no interior é um outro plano,
Que mesmo as damas da sociedade
Não sabem como surge na cidade
E some igual comboio de ciganos.
Me lembro. A cidadinha em que eu morava,
Há vinte e cinco anos, tinha um critério –
Bancário, jornalista e magistério
Ganhavam o que um doutor sequer sonhava.
Pra mãe era um sonho ter a filha
Casada, namorada ou estrumbicada
Com forasteiros desses lá na ilha.
Agora, enlace assim ninguém se atreve.
A mãe já alerta a filha da roubada:
- Mal comem, ganham mal e vivem em greve.
(F.N.A)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário