O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
"Lanterna Japonesa"
...A grande celeuma da aculturação chega ao fim.
...Não sei como conseguimos viver sem esta tralha em nossas vidas?
“Lanterna Japonesa”
Na cancela da fazenda, o coronel
Marcando o latifúndio pôs, acesas,
Duas bolas luminárias de papel
Ardendo, igual lanternas japonesas.
Na glória, o Sol Nascente de seu fado
Servia a fim nenhum e, sem sentido,
Alumiava nada mais que seu umbigo
E o ferro com que marcava o gado.
Um outro fazendeiro, afiando espinho,
Derrubou essas lanternas, num verão,
Pois cobiçava a posse do vizinho.
E nisso o coronel chutou a porca,
Pois lhe botaram, além daquilo, ao chão
O pedestal dessa cultura morta.
(F.N.A)
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