O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
"Desintoxicação"
...Como diria o gênio pinguço, Wander Wildner: “Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro!”
“Desintoxicação”
Verdade. Eu ando muito amargurado –
A ânsia por viver é uma lembrança
Bem gasta para um cão encastelado
Num cerco do Diabo a San Verganza.
Respiro com a ajuda de motores,
Porque nem me animo mais na sorte,
De tropeçar nas esteiras dos tratores,
Que irão terraplenar meu lar na morte.
Não ligo para esforços suicidas
Contrários às campanhas por ovários
Que perpetuem a geração da vida.
No fundo, eu nutro inveja dos doentes,
Que apegam-se à vida, como usuários
De crack em tratamento a dependentes.
(F.N.A)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário