O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
"A Festa de Babete"
...Vamos seguindo nesta vida besta, como os mais destemidos suicidas e os mais desajustados dessa terra...
"A Festa de Babete"
São tardes de silêncio e agonia.
Nem mais a solidão me bate à porta.
Assisto ao ostracismo a cada dia
Na grata condição de mosca morta.
Província, aldeões - Oh, minha aldeia! -
A brasa da fogueira que me ateiam,
Oferta aos canibais que, hoje, me ceiam
uma carne mal passada e cheia de veia.
A corda atada espera-me na sala,
Com todos meus fantasmas a meu lado
Pedindo minha ida sem escala.
Mas quero ver até onde esse retrete
Irá embutir meu sangue coagulado
No chouriço artesanal desse banquete.
(F.N.A)
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