O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
"Vitamina de Caboclo"
...Uma tigela de açaí, uma cuia de tacacá...
...Pará: terra da minha saudade!
"Vitamina de Caboclo"
Lampejo de candeia à querosene,
Tapera na baixada e um igarapé,
Minha índia preparando meu chibé
E a água da cacimba mais perene...
Assim era minha casa feita à regua
Cabocla, que um dia abandonei;
E com ela meu idioma enterrei -
"Ventrexa", "Putitanga", meu "Pai d´égua"...
Depois de muitas noites de sereno,
Conforme a rouquidão aperta a goela,
Cantar? Nem em novena mais aceno;
Um paraense sofre - eu mesmo aqui -
Distante dessa terra-seriguela,
Em que o tônico caboclo é o açaí.
(F.N.A)
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