segunda-feira, 27 de outubro de 2008

"Nada como um dia..."


Jornalista que esquece que o passado o trai, mal um cargo no paço lhe sustente as tripas, é o mesmo Tarzan que sempre come a Chita, quando a Jane descansa na casa do pai.

Uma pobre criatura que, enfim, vomita em si mesma a arrogância de seus vinte anos, sabe mal do futuro - e há de melar seus planos - pois terá de sentar com seu velho Sibarita.

Mas espero que venha essa porca miséria, pois quando era estagiária era pobre de tudo, fraca em pauta, entrevista, nem cobria Assembléia;

A espero sorrindo porque o mundo dá volta e quando ela chegar nos faremos de mudos porque boca calada a vergonha provoca.



"Nada como um dia..."



Meu pai me ensinou que em boca larga,
A mosca azul da Intriga bota ovos -
Desde desse dia, então, entendo: os povos
Subnutridos pagam pela língua amarga.

Bem como entendo que a nossa sina
- dos jornalistas - é ser pião rodado.
Então por que um produtor viciado
Paga sua língua vil e assassina?

Porque esse bicho, cobra caninana,
Quando o Paxanga lhe beijava as botas,
No novo patrãozinho tinha gana;

Hoje, essa víbora não esconde o cheiro
Da boca larga que apodrece e arrota
Tudo o que um dia fez só por dinheiro.



(F.N.A)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

“O Pentelh*# do C# da Mãe”



Roubar, meter a mão, cuspir no prato, Trair quem deu a chance, esfaquear, Depois que o morto urdir que nem um rato, Beber o sangue e aos poucos se vingar.

Assim foi no chiqueiro, que o Paxanga - Malandro traidor, um mole, um merda - Deu tiro, como um dia no Lacerda, Às costas de quem lhe botou a tanga.

Depois de nos fraudar o pleito e o voto, Depois que a P2 e os cães na moto, Deixaram nossos filhos com mais medo,

Agora os doutos juízes do maldito, Espalham a gana em falso veredito, Numa sentença que lhes mancha o dedo.



“O Pentelh*# do C# da Mãe”



O meu saudoso barrão – que nos criou o chiqueiro,
Que armou, que pregou, carpiu, montou-o a cada arrôi –
Hoje é só um cão senil rejeitado pelo boi
Que suas tetas mamava quando inda era bezerro;

Velho guerreiro de fibra, lampião de corpo inteiro,
Empacador, bom de briga, insurreto cabra macho,
E pensar que essas lombrigas que andam feito capacho
Agora doem-te a barriga te azucrinando o recheio...

Cumprir pena por três anos, porque frouxo não é,
Pagar, com a língua, verdade que a Justiça não quer
Ver a bailar no ouvido do leitãozinho glacê,

Deixa-me a suspeição que tudo se pode de errado
E que resta-nos a vontade de mandar o magistrado
Pra "tonguíssima mironga do cabuletê".



(F.N.A)

terça-feira, 21 de outubro de 2008

"A Escadinha de Jacó"


Quem paga por votinho em zona pobre, já o preço dele sabe e faz-se sonso – há quem duvide que esse tal de Alonso é o novo corredor com sangue nobre;

Daqueles que odeiam preto e pobre, que mais sabe de viado em quarteirão, sujeito que da bunda faz serão às jebas masculentas atrás de cobre.

O nosso novo edil é um rastro ignóbil, leitão que nem conhece o vizinho e que mal sabe dos velhos o cheiro sóbrio

De urina quando atrás busca um eleitor. Malditos os que elegem um ratozinho que vai cuidar do queijo do doutor.



“Escadinha de Jacó”



O nosso mais votado edil e pulha,
Sujeito cesta-básica e falso,
Mal se elegeu no paço do manguaço,
Já quer subir na escada da pampulha.

De lá pensou orar em dois momentos:
Primeiro agradecendo os miseráveis,
Depois as buchudinhas agradáveis –
Ouvintes de seu rádio melequento.

Terceiro, quer fazer desse degrau,
O lance ostentativo de suas bases
Pra assim pular em outro carnaval;

Um dia, vereança; noutro, Assembléia,
E assim o leitãozinho meio-fruta
Um dia vai ser o Deus da Galiléia.


(F.N.A)

sábado, 18 de outubro de 2008

"A parte do Gago"



Alguém tem de dizer ao velho gago que a conta que pagamos em impostos é toda do paxanga e de prepostos que roubam como inveja tem Yago;

O gago leitãozinho é um pé rapado, que pensa que cadeira rende fruto – não basta o nepotismo absoluto, agora quer cascalho em bom bocado?!

De olho no orçamento da Fazenda, a velha propriedade do Manguaço, é o ebó de toda sua oferenda;

“Eu quero três porcento e mais dinheiro, porque metade paga por Cabaço, não serve nem pra em cú limpar o cheiro!!”



“A parte do Gago”



“Pendura na do Papa, ô véi Aprígio!”
Assim é que o velho gago, Seu Leitão,
Mandava, já conforme a ocasião,
Na falta de dinheiro ou de vestígio.

“Pagar? Pra que pagar o meu litígio,
Pois conta no fiado é uma canção,
Que eu canto na orelha do barrão,
Na casa em que montei meu esconderijo?”

Pendura, rependura e assim o gago,
Pensando na cerveja doutro dia,
Já pensa: “Se é bom, eu que não pago!”

E além da casa velha que preside,
No cocho monetário, a fidalguia,
Sonega-lhe uns porcentos pela lide.



(F.N.A)

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

"Cascalho no Pão"



No dia eleitoral e muito antes, na hora em que os puliça deram vista bem grossa aos “companheiros” da ruliça, o velho imobiliário dos abrantes,

Comprou que nem espião em caso errante, o mapa postulante em praças cheio – e nos votos que comprou, meteu no meio, do pão um câmbio erário e flutuante.

O bromato nessa casca foi dinheiro, pois voto de porquinho que disfarça é fácil de comprar com pouco cheiro;

Cachaça de vendido é à base de água, dinheiro em moeda grossa pela massa, pra ver se esse maldito um dia engasga.




“Cascalho no Pão”



O velho senhorio do casarão,
De santo, se fazendo em meio aos porcos,
Decide incorporar nos cochos, mortos,
Pedaços de cascalho pelo pão.

Recheio em celulose dessa fauna –
Onzinha, peixe caro, garça e mico;
Praquele leitãozinho bom de bico,
Poder comprar cachaça nessa sauna.

O velho comprador é um capião
De uso, pois sobre outros sai lucrando –
Imóvel, lote e até licitação;

Agora, este senhor, ladrão ignoto,
Irá àquela casa, vomitando
Na massa desse pão que rende voto.



(F.N.A)

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

"Lótus Colorada"






Quem pôs doce amargura em cão fardado, fazendo e prometendo pra seus filhos, agora vai esfregar sabu de milho no rego cabeludo do capado;

Capado, porque está sem vulva à vista, depois de aderir ao banco novo de esperma eleitoral. Bem quis o povo – que a grávida quisesse ser bem quista.

O nosso paxanguinha é um pé frio, pois fez, dessa milícia, gato e rato e deu adeus aos votos sem ter brio,

Que tinha, quando pôs, no estado inteiro, na conta de uns porquinhos de sapato - coturnos amarrados com dinheiro.




“Lótus Colorada”



Grenal em urna aberta no chiqueiro -
Dum lado, um amarelão e um verdinho;
Do outro, uns dois nanicos bem juntinhos
Fazendo acusação contra o primeiro.

Mas tudo que se vê, por derradeiro,
É só o respingar do caos no paço
Do estado, essa noiva de cabaço,
Que punha o cofre aberto no canteiro.

Mas, na surdina, uns tantos de missão
- Os rambos-jegulinos do sertão -
Armaram uma cilada pra matilha:

Com raiva do calote, enfiaram votos
Casados e vermelhos, como lótus,
Na bunda do faraó e da família.



(F.N.A)

domingo, 5 de outubro de 2008

"Falange ou Milícia?"



A área da Fazenda do Manguaço, eleitoral, em casos de abuso, é igual Bósnia e Chechênia em mão de russo – aonde genocídio é Lei de Aço;

Assim que os porcos desse bacanal, fardados e contentes subalternos, achacam um eleitor, pulam no externo e enfiam uma pistola ocasional.

“- Ou vota ou leva um tiro de raspão, mas podes ser mais prático votante, pegando dez reais pra comprar pão!”

E assim vivemos todos no banheiro, fedendo como merda de elefante e alegres pelo voto interesseiro.



“Falange ou Milícia?”



Falange que desdobra, além da farda,
O gosto monetário em buscar voto,
Aplica pelo carro a estampa parda
E se amarela todo igual a um devoto;

Falange ou é milícia? Não se sabe.
Mas sabem que os elos estão curtos
Que afastam o pincelismo de Watanabe
E o quadro surreal dos próprios furtos.

O bom desse chiqueiro é que o Patrão,
Um liso comandante Playmobil,
Agrada a tropa se assim é a ocasião;

E assim, do bom tenente ao velho cabo,
Cheirando dos delírios em chernobyl,
Falange e Milícia prendem o rabo.



(F.N.A)

"Embuchador de Mãe Solteira"


.



O voto está aberto no chiqueiro e a egrégia corte desse parlamento já sabe que, conforme uns dois mil tentos, achou-se aquela agulha num palheiro;

Mal sabe o porco velho de puteiro, que a onda de eleição é um consorte, que a puta conseguiu mediante o porte da mama dada ao cliente com dinheiro;

Enfim, sorri melhor quem compra bem, porque, conforme os dados da pesquisa, não importa se ter votos, nem alguém;

Importa apenas ter sempre do lado, alguém que uma mentira cristaliza e que vende a isenção para o diabo.




“Embuchador de Mãe Solteira”


Bem poucos, dos que escolhem ter um filho,
Precisam de um exame que os ateste
Ser pai, mediante o novo e ingrato teste
De içar esse vagão além do trilho;

Assim é que o eleitor vê num junquilho
O dado encafifado de pesquisa,
Que põe distância exata da camisa
Ao fundo da cueca com rastilho

Porque de mãe solteira, todos fogem -
Na hora do leitinho pra criança
São poucos pais que, nesse gofo, acodem;

Do mesmo jeito age o contratante –
Que atesta, na pesquisa, segurança,
Mas tira o cú da reta logo adiante.



(F.N.A)

sábado, 4 de outubro de 2008

"Gominha de Jujuba"



Deixar em sua cadeira um porco velho, daqueles que agregam cães e gatos, é garantir ao menos que o evangelho dos ricos lhe dará valor aos atos.

O porco pelo pleito, inaugurando, seguindo o calcanhar de seu mentor, “humilde” sai, dos votos, cabulando – e derrubando a santa do andor:

Meu chefe me jurou chegar na frente, malhado em academia itinerante, e limpo com peroba e detergente,

Por isso, mando agora minha vidência: dez mil - é a vantagem ignorante de quem sabe do pleito a transparência.



“Gominha de Jujuba”


O interino porco-velho já adianta,
Debaixo do chapéu de Zoroastro:
“- Conforme consultei a luz do astro,
O pleito do chiqueiro é nossa janta!”

“Porque, aonde vou, um cabideiro
- Porquinho que se dá bem de capacho -
Na gola da minha manta dá um cheiro
E jura que o Porcão é cabra-macho!”

“Não perde nem pra padre na alcova
E conforme mais dez mil lhe dêem votos,
Tolera a digníssima de escova;”

“Encara até, se eleito, uma suruba
Da dama se deitando com devotos,
Comendo uma gominha de jujuba.



(F.N.A)

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

“O Perdão do Capelão”



Porque pra meia dúzia de samangos - porquinho meio-soldo em promoção – a falta de toucinho no seu rango, faz porco mais gritar a maior porção;

Assim que, no chiqueiro do Manguaço, achou de se faltar paio e lingüiça, uns dez conscritos rasos, bem cabaços, gritaram: já nem porco quer carniça.

Montou-se a ira de Copacabana – uns três disseram assim: queremos soldo, visita da esposa e fumar ‘Bacana’...

Mal o grito ultrapassou o galinheiro, Paxanga, que tomava chá de boldo, saiu já se cagando pro banheiro.




“O Perdão do Capelão”



Mestrado num assunto teocrático
Ninguém além de si, somente Deus,
O pobre capelão do Estado prático,
Conversa pormenores com os seus:

- Eu mesmo, fiel em Deus, um capelão,
Estafeta entre as paredes dos quartéis,
Confesso que já vi dois coronéis
Beijando o soldo e a sola do patrão.

Queriam instaurar uma quartelada,
Mas pouco a pouco viram uma mesada,
Cobrir-lhes parcos ganhos, arrabalde;

Assim, sem mais pecados, dei perdão,
Mandei rezar o creio; e a extrema-unção
Deixei pra macacada que aplaude.



(F.N.A)

“Escorrega-Lagartixa”


.



Tão pobre em Niemeyer, o bom chiqueiro, distante dessas linhas todas curvas, ostenta uma estratégia de araruta: mingau em obra cheia de dinheiro.

Tapando o boteco do Aprígio, coluna vergastada de cimento; o João que vende caldo é um jumento, pois acha que o monturo está em litígio.

Um pega, noves fora, vão mil sacas... todinhas de cimento além do preço, com resto de farinha e urucubacas.

Enfim, virou a estrutura um elefante, daqueles recheados de adereço que mal sustenta um livro na estante.




“Escorrega-Lagartixa!!”



Raspando a lagartixa a bunda mole
Na talha de concreto com ferrugem,
Desliza – ensofismada e com rabugem -
Sabendo a natureza do “raviolli”.

- A massa que assentaram, inda era crua,
Nas ondas e colunas destes pórticos,
Na hora que estalaram o nervo óptico
De olho na bufunfa ao meio da rua!

De cima do estandarte, pus-me olhando –
Prefeita, secretário e mestre de obras
A raspa do contrato viam sobrando.

E cada um tascava um pedacinho
Da grana que o arquiteto, uma cobra,
Cuspia além do velho palacinho.



(F.N.A)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

"Paxanga, o Beijoqueiro"


.




Chapa de consenso se faz na hora, conforme o peito flácido se arme.

Foi assim que paxanga deu um beijo e criou confusão monstra num chiqueiro próximo ao da Fazenda do Manguaço.

São essas coisas de pedição de votos itinerante que conquista não apenas a eleitora, mas irmã de candidata, no boca a boca.





"Paxanga, o Beijoqueiro"



Porquinha assustada em flagra explícito,
Faz onda, dá barraco, jura a morte -
"Maldito beijoqueiro, a tua sorte
É que nosso interesse é o ato ilícito!"

Beijar correligionária num consorte,
Da Aliança Fidalguenta, num Comício
É coisa normalíssima, é um vício
Que voto urgentíssimo não aborte.

Paxanga deu beijoca na porquinha,
Pois foi mal entendido por madama -
Que boca carnudinha igual não tinha.

O pobre beijoqueiro é um altruísta,
Que foi buscar a chapa em outra boca,
Porque no escuro é sempre ruim da vista!



(F.N.A)

O Boga Purpurinado do Bornay

.




Doeu mais em mim do que lá nos fundos de pensão do Clóvis Bornay ter dito Bye-Bye, So Long, Farewell por certo tempo, coleguinhas, mas com a cara de pau de sempre, comunico:

o "Rabitcho de la Porquita" voltou. Timidamente, decerto.

Foi preciso soco nas fuças, formação de milícia em ato de greve, xingamentos suinamente democráticos e ameaças de suspensão de fornecimento de Quik Morango pra cima do Paxanga (nosso famoso beijoqueiro de irmã de candidata em eleições no Chiqueiro da Fazenda do Manguaço) pra que ele pedisse arrego e declara-se:

"Se for para o bem dos porcos e a felicidade geral da nação, digam ao povo que o Rabo voltou!"

Assssssssssssssssim, maranhensemamente empapuçado de tanto comer Arroz de Cuxá, lhes digo, broderzinhos Kamaradas: O Cinismo está de volta... e em doze vezes, sem juros no cheque especial.



O Editor


P.S - Para todos os órfãos-porquinhos, que sentem saudades quase que uterinas, das maldades rasteiras de textos antigos, veiculados na primeira edição do "Rabo da Porca" sobre a pantomima deste imensurável chiqueiro, um aviso:

- Vai ter back-up com as antigas, babies - Flash Back Anos 80 com cheiro de rastilho de pólvora, veneno na boca, tênis conga e suco de groselha com lepecid e gelo.