sábado, 4 de outubro de 2008

"Gominha de Jujuba"



Deixar em sua cadeira um porco velho, daqueles que agregam cães e gatos, é garantir ao menos que o evangelho dos ricos lhe dará valor aos atos.

O porco pelo pleito, inaugurando, seguindo o calcanhar de seu mentor, “humilde” sai, dos votos, cabulando – e derrubando a santa do andor:

Meu chefe me jurou chegar na frente, malhado em academia itinerante, e limpo com peroba e detergente,

Por isso, mando agora minha vidência: dez mil - é a vantagem ignorante de quem sabe do pleito a transparência.



“Gominha de Jujuba”


O interino porco-velho já adianta,
Debaixo do chapéu de Zoroastro:
“- Conforme consultei a luz do astro,
O pleito do chiqueiro é nossa janta!”

“Porque, aonde vou, um cabideiro
- Porquinho que se dá bem de capacho -
Na gola da minha manta dá um cheiro
E jura que o Porcão é cabra-macho!”

“Não perde nem pra padre na alcova
E conforme mais dez mil lhe dêem votos,
Tolera a digníssima de escova;”

“Encara até, se eleito, uma suruba
Da dama se deitando com devotos,
Comendo uma gominha de jujuba.



(F.N.A)

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