quarta-feira, 22 de outubro de 2008

“O Pentelh*# do C# da Mãe”



Roubar, meter a mão, cuspir no prato, Trair quem deu a chance, esfaquear, Depois que o morto urdir que nem um rato, Beber o sangue e aos poucos se vingar.

Assim foi no chiqueiro, que o Paxanga - Malandro traidor, um mole, um merda - Deu tiro, como um dia no Lacerda, Às costas de quem lhe botou a tanga.

Depois de nos fraudar o pleito e o voto, Depois que a P2 e os cães na moto, Deixaram nossos filhos com mais medo,

Agora os doutos juízes do maldito, Espalham a gana em falso veredito, Numa sentença que lhes mancha o dedo.



“O Pentelh*# do C# da Mãe”



O meu saudoso barrão – que nos criou o chiqueiro,
Que armou, que pregou, carpiu, montou-o a cada arrôi –
Hoje é só um cão senil rejeitado pelo boi
Que suas tetas mamava quando inda era bezerro;

Velho guerreiro de fibra, lampião de corpo inteiro,
Empacador, bom de briga, insurreto cabra macho,
E pensar que essas lombrigas que andam feito capacho
Agora doem-te a barriga te azucrinando o recheio...

Cumprir pena por três anos, porque frouxo não é,
Pagar, com a língua, verdade que a Justiça não quer
Ver a bailar no ouvido do leitãozinho glacê,

Deixa-me a suspeição que tudo se pode de errado
E que resta-nos a vontade de mandar o magistrado
Pra "tonguíssima mironga do cabuletê".



(F.N.A)

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