terça-feira, 21 de outubro de 2008

"A Escadinha de Jacó"


Quem paga por votinho em zona pobre, já o preço dele sabe e faz-se sonso – há quem duvide que esse tal de Alonso é o novo corredor com sangue nobre;

Daqueles que odeiam preto e pobre, que mais sabe de viado em quarteirão, sujeito que da bunda faz serão às jebas masculentas atrás de cobre.

O nosso novo edil é um rastro ignóbil, leitão que nem conhece o vizinho e que mal sabe dos velhos o cheiro sóbrio

De urina quando atrás busca um eleitor. Malditos os que elegem um ratozinho que vai cuidar do queijo do doutor.



“Escadinha de Jacó”



O nosso mais votado edil e pulha,
Sujeito cesta-básica e falso,
Mal se elegeu no paço do manguaço,
Já quer subir na escada da pampulha.

De lá pensou orar em dois momentos:
Primeiro agradecendo os miseráveis,
Depois as buchudinhas agradáveis –
Ouvintes de seu rádio melequento.

Terceiro, quer fazer desse degrau,
O lance ostentativo de suas bases
Pra assim pular em outro carnaval;

Um dia, vereança; noutro, Assembléia,
E assim o leitãozinho meio-fruta
Um dia vai ser o Deus da Galiléia.


(F.N.A)

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