O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
"Aula de Amputação"
...Se me amputam ou imputam, estou na degola. Óbvio!!
...Se este amputamento fosse judicial, renderia açougue de provas.
"Aula de Amputação"
Tem horas, a Idade Média está por terra
Ou presente em medicinas tão diversas,
Que eu lembro das torturas persas
E dos médicos do Rei da Inglaterra.
Na época em que alguém perdia um dedo,
Cortado à força de amputamento -
Sem éter, mescalina, ópio, unguento,
Anestesia. A dor beijava o medo...
Ninguém ameaçava alguém por dor -
Gritavam, como gritam os sofredores
No umbral longe da luz do bom Senhor.
Agora, há falastrão que é rabugento -
Depois que rouba e grassa investidores,
Reclama estar a sofrer amputamento.
(F.N.A)
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