segunda-feira, 13 de julho de 2009

“Até tu, Lucius?”


O soneto abaixo é sobre uma injustiça cometida contra Lúcio Flávio Pinto - jornalista do Pará. Ele é a nova vítima do peso desmedido da Justiça quando a informação se choca com o interesse do patronato.


“Até tu, Lucius?”


Senado está arranjado. É feita a cilada...
Surge nuestro Il Capo, às glórias, satisfeito –
Traz o emblema do império sobre o peito
E uma tela LCD na cara inchada.

Mas lhe difere o que a César foi legado –
E os Senadores, um a um, bem a seu jeito,
Invés da faca no tirano, deitam ao leito
E se aliciam com esse nobre grão-ducado.

O jornalista que o punhal trazia às mãos –
Cinzel e escopo de denúncia comprovada
De acusador se torna “alvo”, diz o ladrão.

E o imperador salvo da ceifa a muito custo
Com um juiz à mão esquerda, desce a enxada.
- Não viverá sem que lhe tenha dado um susto!”


(F.N.A)

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