O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
terça-feira, 7 de julho de 2009
"Cabeça de Bode"
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Não esmoreças, Lúcio!
"Cabeça de Bode"
A maldição que lanço sobre o feudo
É mais que uma errata no caderno
Num canto de uma página do pseudo
Setenta sociabilíssimo de terno.
Pior que andar pelo Pará, em trupe,
Nesse teatro de fingir seriedade -
Praguearei até afrontar Guadalupe
Que corará a Santa da cidade.
Enterrarei, com notas frias e alianças,
Negra cabeça desse bode magro
Bem no portão de acesso às finanças,
Pra que os cabanos desse Grão-Pará
Saibam quem é a empresa do mal grado,
Que muito finge, sem nem disfarçar.
(F.N.A)
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