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...mas há salvação, antes de subir a rampa. É só ouvir mais!!
“Repelente de Mosca Azul"
I
Mas um bom lepecid deslacrado, tenho
Que possa o livrar do soro, lentamente –
Mata-Bicheira de ego é como um emoliente
Em encosto de peroba e raiva de portenho.
Calado, enquanto atinge-se sem perceber,
Meu pobre amigo pode nem lembrar quem é
Que muito lhe ajudou a não esmorecer –
Não era amigo rico ou pobre garnizé...
Era um sujeito bronco de ideal sincero,
Que não abanava mosca que pousava ao copo
De sua cerveja doce, como os ludogeros
Que só faltavam pôr bebida em sua boca,
Ansiando se lamber do resto desse copo –
Um cargo, um laranjal, uma mamata louca.
II
Porque um Ideal, a besta que eu sou, construiu:
Decoro, transparência, um bom zelar do alheio -
A verba contribuída por uns cancões no seio
Por essa república cujo alicerce já ruiu.
Mas bom aprendizado, me sendo mal o efeito:
Não tenho mais amor naqueles sonhos tolos –
E se não tiver pão, que possam comer bolos,
As antonietas de seus tempos de re-eleito.
Porque meu pobre amigo gosta é de sacana –
Quem passa a mão na bunda do guardinha,
Ou, ante aberta porta, mija na empresa.
E as antas que constroem abrigo na choupana
Da Esperança morta serão as sardinhas
Que servirá aos cães de sobremesa.
(F.N.A)
Mas um bom lepecid deslacrado, tenho
Que possa o livrar do soro, lentamente –
Mata-Bicheira de ego é como um emoliente
Em encosto de peroba e raiva de portenho.
Calado, enquanto atinge-se sem perceber,
Meu pobre amigo pode nem lembrar quem é
Que muito lhe ajudou a não esmorecer –
Não era amigo rico ou pobre garnizé...
Era um sujeito bronco de ideal sincero,
Que não abanava mosca que pousava ao copo
De sua cerveja doce, como os ludogeros
Que só faltavam pôr bebida em sua boca,
Ansiando se lamber do resto desse copo –
Um cargo, um laranjal, uma mamata louca.
II
Porque um Ideal, a besta que eu sou, construiu:
Decoro, transparência, um bom zelar do alheio -
A verba contribuída por uns cancões no seio
Por essa república cujo alicerce já ruiu.
Mas bom aprendizado, me sendo mal o efeito:
Não tenho mais amor naqueles sonhos tolos –
E se não tiver pão, que possam comer bolos,
As antonietas de seus tempos de re-eleito.
Porque meu pobre amigo gosta é de sacana –
Quem passa a mão na bunda do guardinha,
Ou, ante aberta porta, mija na empresa.
E as antas que constroem abrigo na choupana
Da Esperança morta serão as sardinhas
Que servirá aos cães de sobremesa.
(F.N.A)
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