O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
segunda-feira, 27 de julho de 2009
"A Pedra e o Pré-Datado"
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...pra sustentar o vício, vale o malefício?
“A Pedra e o Pré-Datado”
O clima na favela é de alegria.
Perante tanta crise financeira:
Com cheque circulando a noite inteira,
Me bate um não-sei-quê de nostalgia...
Lembrança quando a vida na Fazenda
Era rude e na base do chicote -
Um tempo em não via-se magote
De modernete usando nossa renda
Em boca, nas quebradas, em talão farto,
Prensando uma pedrinha no cachimbo,
Escondendo viatura ao meio do mato.
E eis o que virou a aldeia modelo –
Lugar onde bandido tem carimbo
E bate-pau se droga até o cabelo.
(F.N.A)
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