O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quarta-feira, 8 de julho de 2009
"Banana de Pijama"
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...Ó manhãs de tédio de um empregado desempregado!
“Banana de Pijama”
O sol estala às copas densas do Jardim.
São dez da manhã de uma segunda.
Igual sonâmbulo, um sujeito coça a bunda
E esfrega a cara amassada no capim.
Uma olheira desponta sem objetivo
Que o olho triste possa, enfim, fitar –
Pois há uma desesperança em seu olhar,
Que lhe confere um ar de morto-vivo.
Um chute na cachorra e a empregada,
Desponta da cozinha com o suco
E um mangulão assado à madrugada.
O tédio lhe é tanto que eis o panorama –
O que era estrela, hoje, é só um matuto
Que mais parece um banana de pijama.
(F.N.A)
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