O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
sábado, 19 de dezembro de 2009
“Amigo Apóstolo”
...Quem não tem cão, caça com rifle...
...Perdido numa mata com amigo assim, melhor ser brother da onça...
“Amigo Apóstolo”
Nem sonha o carpinteiro ao serrote
O que um colega seu passou um dia –
Chamava Cristo e multidões reunia
E, por amigo, tinha um judeu zelote.
E lhe era em foro íntimo um irmão
Com a sapiência que não tinham os pescadores;
E Judas tomava da amizade a intenção
De motivá-lo à expulsão dos invasores.
Jesus tornou, de seu sermão, arma na Terra;
E o pacifismo fez sangrar uma amizade –
Cristo traído, morto Juda ao pé da serra.
Hoje, pensando em tanta lágrima fingida,
Eu mesmo nem mais lembro a quantidade
Dos Judas que passaram em minha vida.
(F.N.A)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário