O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
"Carniceiro 21"
...Da décima quinta linhagem de Jack, The Ripper, esse açougueiro sabe manipular instrumentos de corte...
“Carniceiro 21”
Na caixa de apetrechos, Seu Doutor
Compacta instrumentos de incisão –
Martelo pra bater em trepanação
E garrote em sangramento exterior.
Um doce arquiteto em mialgia,
Que estrala sua maldade com um florete
Nos mouros da batalha do Albacete
E estende suas mãos com uma polia.
Tem sanha a estripar até virar charque,
Somente quem o lembra do limite –
Que em vida não será um bom caráter.
Asséptico, o canalha já comprou
Um cutelo de açougue em loja chique
Pra desossar os amigos que matou.
(F.N.A)
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