O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
“O Túmulo de Stanislavski”
...Às vezes, dá vontade de rir na cara de uns palhaços tamanha a conversa fiada...
“O Túmulo de Stanislavski”
Conhece-se um artista genial,
Primoso marginal do submundo,
Se ao fundo de seu ato teatral,
A pose visceral de um porco imundo
Sumir em seus trejeitos de ator
E lhe cingir uma falsa identidade,
Como um ladrão, que pra fugir da grade,
Converte-se, na cela, num pastor.
Há dias, um ator (que nem lembra esse)
Cantou pra que eu ouvisse sua mentira
E achasse-lhe a Verdade que não vê-se.
Mas, por lhe acompanhar a vida inteira,
Nem a arte de Stanislavski o redimira.
Ele é só um bufão em fim de carreira.
(F.N.A)
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