
"Mocidade infeliz, tuas mãos geladas
Arroxearam os dedos deste Inverno,
Onde a Alma estendi a tanto Inferno
E, de praxe, colhi ramos de Nada"
"Túmulo"
Luz que me maltrata, tanta claridade;
Tanta luz tão nua, amargo plenilúnio;
Tanto alvorecer no arraial, em junho...
Oh, fogueira morta!! Velha mocidade!!
Perdi a feição fingida deste cerebelo
E o meu olhar comum enegreceu ao tanto
Que me assustei perdido ao próprio espanto
O Algum clamor frugal: meu pesadelo.
Não avancei! Parei. Cisma do Atraso,
O limo e o ranço em meu olhar fecundo
Sujastes as fibras de meus olhos rasos.
Não fui ao vento - as ramas esquecidas -
Dormir o sopro a se perder no mundo
Das confissões que sepultei na vida.
(F.N.A)
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