segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

"Firmino, Cão de Guarda"








...Na condição de vassalo e escravo ideal, prefiro os cães... como este!








“Firmino, Cão de Guarda”


De pobre alegre, o pária é um capacho,
Que as costas empenhou quando prefeito.
No dia em que deixou de ser eleito,
Voltou ao quarto escuro do esculacho.

Seguir, beneditino, seu preceito
– Escravo bem feitor do clã mais baixo –
No mantra que entoa cabisbaixo
A bordo duma jaula que é seu leito.

No dia em que adoece à fina mágoa,
Tem febre e a copeira nem o visita
Pra, ao menos, lhe levar um copo d´água.

Mas, quando sara a tosse, o pobre cão
Capricha a dar latidos na guarita
Cuidando em não acordar o seu patrão.


(F.N.A)

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