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...surpreendendo as moscas, causo asco até em minhas células!!
“Diário de um Desempregado”
(Dia 01)
São nove da manhã e eu coço a bunda.
Preparo o corpo mole pra um salto
Da cama tubular que achei no mato,
Mas falta direção e a merda afunda.
Não vão nem cinco dias em que fui morto –
Perdendo a identidade que eu fingia
Pra um sopro de miséria e riso torto
Que vai inundar agora ao meio-dia.
Eu rio quando entendo o jornalismo –
É faz-de-conta posto em mãos erradas:
Estória que descamba ao populismo.
Mas sei do novo emprego que almejo –
Quieto Ser que está em salas lotadas
Nas telas de um mural – o percevejo.
(F.N.A)
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