
...Peças na máquina de moer, couros curtidos ao sabor do vento...
...Assim são os jornalistas – agradando ou não, serão peças raras estampando paredes de salas...
“Curtume”
Pensando em Jean Paul Sartre, eu vejo agora
Que a cura pra esse meu existencialismo
Reside na ceroula do niilismo
Que Nietzsche usava quando ia à forra.
Magentas tardes passo matizando
A angústia cotidiana do vizinho,
Que bale igual uma ovelha soluçando
Se morde, num arbusto, o rol de espinho.
O ócio estende a mente – é droga rara
Que o mapa pineal alegre estica
Na pele do animal: uma roupa cara.
Eu uso esse vison que está no cesto,
Mas não igual vai-e-vem couro de pica...
Prefiro ser patrão a usar cabresto!
(F.N.A)
Nenhum comentário:
Postar um comentário