O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
sábado, 26 de dezembro de 2009
“A Raposa e a Cegonha"
...Na clássica estória da raposa e da cegonha, ninguém come nada, em meio às intenções mais malévolas do mundo.
“A Raposa e a Cegonha"
Cegonha que convida a raposa,
Raposa que dá réplica à cegonha –
Jantar regrado a sangue com pamonha
E peroba com missô de qualquer coisa.
A ordem das entradas não importa,
Se estão na provençal da chassagnette
Ou degustando El Buli de charrete,
Se quer saber é o recheio dessa torta.
Porque na escala anfitriã entre inimigos,
Há quem não coma por suspeita na receita
De carne assada com sorbet de creme e figos.
Desse bufet de gentileza não me agrado,
Pois em banquete de aparência a etiqueta
Sugere um escarro no café do convidado.
(F.N.A)
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