sábado, 19 de dezembro de 2009

"A Governanta"


...O amor não correspondido gera aberrações sazonais cheinhas de cultura para dar.

...Quem já foi vítima das maldades da Governanta sabe que ela é só uma psicopata sem carinho...





“A Governanta”


À boda alheia rege o humor da Governanta
O seu desejo mórbido de transferência –
Seria dela o direito à nuncupcência
E não da esposa o rude Amor do sacripanta.

Por tantos anos de cuidados não notados,
Por suportar humilhação e rabugice
É que em medusa foi tornando-se Alice –
Cobra espelhada da moral de seu amado.

Harpia voraz que não recorda da alcova
O aconchego à parte fálica dum homem,
Guarda o recalque para toda contra-prova.

E assim curtindo seu flagelo conivente,
A Governanta joga fora, antes que tomem,
A chave que lhe livraria da corrente.


(F.N.A)

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