O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
sábado, 19 de dezembro de 2009
"A Governanta"
...O amor não correspondido gera aberrações sazonais cheinhas de cultura para dar.
...Quem já foi vítima das maldades da Governanta sabe que ela é só uma psicopata sem carinho...
“A Governanta”
À boda alheia rege o humor da Governanta
O seu desejo mórbido de transferência –
Seria dela o direito à nuncupcência
E não da esposa o rude Amor do sacripanta.
Por tantos anos de cuidados não notados,
Por suportar humilhação e rabugice
É que em medusa foi tornando-se Alice –
Cobra espelhada da moral de seu amado.
Harpia voraz que não recorda da alcova
O aconchego à parte fálica dum homem,
Guarda o recalque para toda contra-prova.
E assim curtindo seu flagelo conivente,
A Governanta joga fora, antes que tomem,
A chave que lhe livraria da corrente.
(F.N.A)
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