O "Rabo da Porca" ficará nesse limiar absurdo que só as figurinhas de bastidores e o mais desanimado leitor podem perceber: o ensaísmo pragmático à imbecilidade. São sonetos políticos que refletem a vida num chiqueiro da Fazenda do Manguaço. O que passará, aos nossos olhos lassos e subrepticios, é a bandalheira de uma ação social que acontece entre porcos, mas que poderia ser refletida por nós, neste plano supra-racional. AH! TUDO AQUI É DO TEMPO DE ANTES DESSA IDIOTA REFORMA ORTOGRÁFICA
sábado, 12 de junho de 2010
"Mendigo de Partido"
...Peregrino entre dois templos, acudindo ajuda, piedade e prestígio tardio...
...Todos os santos, por lá, já tem seu andor, pois cheguei atrasado na missa de reconhecimento por trabalhos prestados...
“Mendigo de Partido”
O partido é a minha porta de igreja
E a cara de paspalho com que olho
A extrema unção que alguém balança o óleo
À forma parasita em minha peleja,
Me deixa igual um legitimo abestado,
Que achou em chegar atrasado na partilha
E, enfim, se contentou com a armadilha
Que fisga legionários sem passado
De mendigar que nem um sibarita,
Que irrita quem se atrasa à pregação,
Porque lhes obstrui acesso à cripta.
Eu, hoje, sou igual cego de escola
Que aguarda a molecada no portão,
Sujeito a levar cuspe por esmola.
(F.N.A)
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