terça-feira, 28 de julho de 2009

"Anel de Rubi"


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“...Eu é que não boto o pé em beira da campina pra cobra me morder! Eu sou é advogado!”



“Anel de Rubi”


Era um cantor de kizumba e de biboca,
Que fez da vida artística um pastel,
Em ser uma versão de Dom e Ravel,
Pulando na fazenda igual pipoca.

Elogiava até se à boca tinha paçoca,
Cuspindo rimas pobres em seu tropel.
Do jeito que um sapo cai do céu,
Tornou-se bacharel e rei da taboca.

No dia em que virou autoridade,
Em meio à crise ao seio da autarquia,
Esqueceu de onde veio (qual cidade?);

Quando gritou com um pobre assalariado,
Que lhe cobrava o apurado do dia...
“Cuidado, que eu sou advogado!”


(F.N.A)

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