sábado, 18 de julho de 2009

"A Mosca Azul"


.



...Nem chegaram os dias de Glória (se virão), e já surge uma vítima deste inseto nocivo.



“A Mosca Azul”


Mordendo arroxeado nervo do pescoço,
É, esta mosca azul, o díptero que assombra
Quem bebe do poder, estando mesmo à sombra,
De não se perceber que arranca nosso osso.

Ela é a Hemissinantrópica variância
Que sobrevive à ausência de um lar humano,
Mas pode injetar, em seu tatear de pano,
Mil ovos arrogantes em nossa ganância.

De novo essa drosófila infecta um amigo -
Ele que se distava das asas, em Istambul,
Volta à mordida antiga que já teve ao umbigo,

Enquanto era um nobre em anos supersônicos.
Aqueles que não enxergam essa mosca azul
É porque vivem cegos ou são bem daltônicos.


(F.N.A)

Nenhum comentário: